Força-tarefa do Paquistão mata terrorista Hasan Baba, procurado desde 2007

Especialista em explosivos e treinamento de combatentes, terrorista liderava grupo Tehrik-i-Taliban

Uma força-tarefa do Paquistão matou o terrorista Hasan Baba após uma troca de tiros na sexta-feira (26), confirmou a agência estatal chinesa Xinhua. Segundo informações dos militares, Hasan era procurado pelo envolvimento no assassinato de mais de 50 soldados desde 2007.

A operação identificou o esconderijo de Baba na província do Waziristão do Sul, epicentro da militância extremista no país. O Exército do Paquistão já havia expulsado os terroristas do local, mas os grupos ressurgiram em meio à pandemia.

Força-tarefa do Paquistão mata terrorista Hasan Baba, procurado desde 2007
Militantes do Tehrik-e-Taliban, em registro sem data (Foto: Reprodução/Tehrik-e-Taliban/Pakistan Today)

Hasan Baba comandava o grupo terrorista Tehrik-i-Taliban. Especialista na fabricação de explosivos, Baba era um dos principais instrutores das equipes envolvidas em ataques às forças do Paquistão, de acordo com o jornal paquistanês “Tribune”.

Esse é o segundo terrorista morto pelas forças paquistanesas desde a última segunda-feira (21). No dia 23, uma operação matou dois integrantes sêniores do grupo Hafiz Gul Bahadur. Eles estariam envolvidos no assassinato de quatro mulheres em Mil Ali, na segunda.

Nas operações, agentes de segurança encontraram em seus esconderijos armas pesadas e vastos sistemas de organização. O aumento na busca por terroristas reflete a tentativa do Paquistão de deixar a chamada “zona cinza” do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional).

watchdog de combate a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo rebaixou o país em sua lista em 2018. Em reunião na semana passada, o grupo optou por manter o Paquistão na zona cinza até junho.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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