Autoridades militares do Paquistão disseram ter matado o líder do ataque terrorista contra quatro mulheres em um distrito tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do país, nesta terça (23).

As mulheres assassinadas eram ativistas pashtun, grupo étnico das províncias de fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Terroristas alvejaram o grupo em uma estrada na segunda-feira e o motorista que dirigia o carro está internado em estado grave.

Segundo a agência estatal chinesa Xinhua, Hafiz Gul Bahadur pertencia ao grupo extremista Tehrik-i-Taliban e era influente na região noroeste do país até 2014. À época, o exército paquistanês lançou uma operação de combate aos militantes.

Um comunicado do Exército afirmou que Bahadur foi morto após uma troca de tiros. Além do ataque às mulheres, o líder estava envolvido em atentados contra forças de segurança, sequestros, extorsão, assassinato e recrutamento de terroristas.

Agentes de segurança encontraram armas pesadas em seu esconderijo, disse a nota. A apreensão pode ajudar o Paquistão a deixar a zona cinza do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional).

O watchdog de combate a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo rebaixou o país em sua lista em 2018. Islamabad está no centro da plenária do grupo desde segunda (22), e espera-se que o órgão decida se o Paquistão fica na lista nesta quinta-feira (25).

A região de Waziristão do Norte, na província de Khyber Pakhtunkhwa, é alvo frequente de militantes extremistas no Paquistão.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.