Mais de 100 soldados norte-coreanos foram mortos e cerca de mil ficaram feridos em confrontos com tropas ucranianas na região russa de Kursk, de acordo com o Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul. A estimativa foi divulgada pelo parlamentar sul-coreano Lee Seong-kweun após uma reunião a portas fechadas entre o NIS e um comitê parlamentar do país. As informações são do Politico.
Embora a Rússia e a Coreia do Norte não tenham confirmado a presença de soldados norte-coreanos no front, fontes do Pentágono indicam que há “evidências claras” de mortos e feridos provenientes da fechada nação asiática na região de Kursk, onde, segundo blogueiros militares, tropas norte-coreanas teriam assumido papel ativo.
De acordo com a inteligência sul-coreana, muitos desses soldados já estão mortos ou feridos, sendo “sacrificados” em “campos de batalha desconhecidos” devido à falta de preparo para lidar com ataques de drones, o que representa um “fardo” para as forças russas, conforme apontado pelo Kremlin.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou recentemente que um contingente significativo de soldados norte-coreanos foi enviado à região para apoiar as ofensivas russas. “Não há razão para coreanos morrerem por Putin. Mesmo após suas mortes, a Rússia apenas os humilha. Essa insanidade precisa parar”, afirmou Zelensky pelo Telegram no último sábado (14).
Estima-se que a Coreia do Norte tenha mobilizado cerca de 11 mil soldados para apoiar a Rússia, com oito mil desses combatentes posicionados na região de Kursk. Apesar de pertencerem à elite militar do país, conhecidos como “Boinas Negras”, especialistas avaliam que os soldados enviados não representam os melhores efetivos do regime de Kim Jong-un. O número, segundo Dmytro Ponomarenko, embaixador da Ucrânia na Coreia do Sul, pode crescer para 15 mil nos próximos meses. Apesar das informações, tanto Moscou quanto Pyongyang se abstiveram de confirmar a presença de tropas norte-coreanas em território russo.
Além das estimativas sul-coreanas, autoridades militares dos Estados Unidos informaram à reportagem que as tropas norte-coreanas sofreram “várias centenas de baixas” em confrontos na mesma região.