Kim Jong-un insinua “armas secretas” e promete avanço militar na Coreia do Norte

Líder autoritário rejeita a desnuclearização e promete avanço contínuo da capacidade bélica do regime

O líder norte-coreano Kim Jong-un insinuou no último domingo (21) a existência de “armas secretas” e exaltou o avanço das capacidades militares do país em um discurso ao parlamento. As informações são da Newsweek.

As tensões permanecem altas na Península Coreana em meio ao desenvolvimento contínuo dos programas nucleares e de mísseis balísticos de Pyongyang, proibidos pela ONU (Organização das Nações Unidas). O regime afirma que as armas têm caráter defensivo e culpa a “provocativa” cooperação militar entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

Míssil balístico da Coreia do Norte (Foto: WikiCommons)
O que foi dito

Kim afirmou que a Coreia do Norte está “dando passos largos e constantes no fortalecimento da capacidade de defesa”. Segundo ele, o país “adquiriu novas armas secretas” e obteve avanços significativos em ciência e pesquisa militar, que impulsionarão um “salto radical” em suas capacidades.

O líder também elogiou a modernização da marinha norte-coreana, chamando o lançamento de dois contratorpedeiros neste ano de um “grande passo” rumo a se tornar uma potência marítima.

Contexto

Autoridades dos EUA e aliados acreditam que a Coreia do Norte recebeu tecnologia militar avançada da Rússia em troca de munições e tropas para a guerra na Ucrânia. Seul aponta que Moscou, após firmar um novo acordo militar com Pyongyang, teria concordado em fornecer caças e tecnologia de submarinos nucleares.

O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, declarou à BBC que pode aceitar um congelamento temporário do programa nuclear do Norte, em vez de uma desnuclearização imediata. Já o presidente dos EUA, Donald Trump, disse em setembro: “Eu me dou muito bem com ele. Estou ansioso para me encontrar com Kim Jong-un em um futuro próximo.”

O que esperar

Trump, que se reuniu três vezes com Kim durante seu primeiro mandato, afirmou estar aberto a uma nova cúpula. Ainda não está claro, no entanto, se Washington reconsiderará a exigência de desnuclearização completa da Coreia do Norte.

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