O Partido Comunista Chinês (PCC) aceitou a renúncia de Qin Gang, ex-ministro das Relações Exteriores, do seu Comitê Central, conforme um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira (18). Isso ocorreu após Qin ter ficado fora de vista do público por mais de um ano. As informações são da rede CNBC.
“A sessão plenária decidiu aceitar o pedido de renúncia do camarada Qin Gang e removê-lo de seu cargo como membro do Comitê Central”, afirmou o comunicado publicado pela agência estatal Xinhua News. No período que esteve no cargo, ele teve um papel crucial nos esforços de restaurar a comunicação entre os EUA e a China, incluindo uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em junho de 2023, durante a visita do diplomata americano a Beijing.
A sessão plenária ainda expulsou o ex-ministro da Defesa, Li Shangfu, e o ex-comandante da Força de Foguetes do Exército de Libertação Popular (ELP), Li Yuchao, por “graves violações da disciplina e da lei”, um termo frequentemente usado para descrever corrupção. Recentemente, o presidente Xi Jinping admitiu que o ELP enfrenta “problemas profundos” relacionados a política, ideologia, estilo de trabalho e disciplina.
Qin, um ex-diplomata de alto escalão, estava misteriosamente desaparecido desde junho do ano passado antes de ser repentinamente removido. Posteriormente, Xi Jinping reinstalou Wang Yi como chefe do Ministério das Relações Exteriores da China.
Em outubro do ano passado, Qin Gang foi destituído de seu cargo como conselheiro de estado, mas permaneceu como membro do Comitê Central do Partido Comunista, composto por 205 membros. Nesse mesmo período, Li Shangfu desapareceu no final de agosto e foi retirado do ministério em dezembro, antes de ser expulso da comissão liderada por Xi.
Beijing não ofereceu nenhuma explicação oficial para a remoção de Qin e Li.
Mercado socialista de alto nível
A terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), realizada em Beijing, concluiu com a aprovação de um plano para estabelecer completamente um sistema econômico de mercado socialista de alto nível até 2035.
Até 2035, a China pretende implementar completamente um sistema econômico de mercado socialista de alto nível, aprimorar o sistema socialista com características chinesas, alcançar essencialmente a modernização do sistema de governança nacional e sua capacidade, além de realizar basicamente a modernização socialista. Este progresso estabelecerá uma base sólida para a construção abrangente de um poder moderno socialista até meados do século.
Na reunião, também foi abordada a modernização da defesa nacional e das forças armadas, destacando sua relevância para a modernização global da China.