O líder separatista sikh Gurpatwant Singh Pannun, exilado no Canadá, lançou em 2023 um alerta explícito sobre possíveis ataques contra aeronaves da Air India, pedindo que membros da comunidade sikh não embarcassem em voos da companhia. A ameaça, feita por vídeo nas redes sociais, repercute nesta quinta-feira (12), após a queda de um avião da empresa em Ahmedabad com mais de 240 pessoas a bordo.
“Pedimos ao povo sikh que não voe pela Air India. A partir de 19 de novembro, haverá um bloqueio global. A Air India não terá permissão para operar. Povo sikh, sua vida pode estar em perigo”, afirmou Pannun na ocasião. Ele declarou ainda que o Aeroporto Internacional Indira Gandhi, em Nova Délhi, seria interditado naquele dia, o que acabou não ocorrendo

Classificado como terrorista pelo governo da Índia, Pannun também afirmou que o grupo pretendia renomear o principal terminal aéreo da capital indiana em homenagem a um líder separatista, substituindo a ex-primeira-ministra Indira Gandhi.
Não existem, entretanto, indícios de relação entre as ameaças feitas por Pannun e a tragédia desta quinta. As autoridades indianas afirmam que as investigações estão em curso e que o foco imediato está no socorro às vítimas e no esclarecimento das causas do acidente.
De acordo com a Air India, o voo com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, levava 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. O diretor de aviação civil da Índia, Faiz Ahmed Kidwai, citou um total de 244 pessoas a bordo, enquanto a companhia aérea faça em 242 pessoas.