Seul fala em norte-coreanos mortos na Ucrânia e prevê que mais deles se juntarão às tropas russas

Coreia do Sul diz que é 'altamente provável' que Pyongyang envie mais tropas para apoiar as forças de Moscou na guerra

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, afirmou nesta terça-feira (8) que é muito provável que soldados norte-coreanos tenham morrido na Ucrânia, para onde teriam sido enviados para lutar ao lado das forças do Kremlin. Disse, ainda, que Pyongyang deve mandar novos combatentes para se juntar às tropas russas. As informações são da revista Newsweek.

A mídia ucraniana relatou neste fim de semana que seis oficiais norte-coreanos foram mortos em um ataque com mísseis ucranianos na última quinta-feira, nas proximidades de Donetsk. Seul reforçou tais relatos.

Kim afirmou, ainda, que é “altamente provável” que Pyongyang envie mais tropas para apoiar Moscou na Ucrânia, em resposta a relatos sobre a morte de soldados norte-coreanos nas proximidades da região do leste da Ucrânia controlada pela Rússia na semana passada.

Soldados norte-coreanos em marcha (Foto: WikiCommons)

Ele acrescentou que a Coreia do Norte deve enviar mais soldados de infantaria para reforçar o esforço de guerra de Vladimir Putin. “A possibilidade de envio de tropas regulares é alta, devido aos acordos mútuos que se assemelham a uma aliança militar entre a Rússia e a Coreia do Norte”.

Tanto a Ucrânia quanto a Rússia têm combatentes estrangeiros em suas forças, e jornalistas da AFP estão investigando campanhas de recrutamento para o exército russo na Índia e no Nepal.

Especialistas afirmam que mísseis da Coreia do Norte estão sendo usados na Ucrânia por tropas russas, embora tanto Moscou quanto Pyongyang neguem essa afirmação.

Além disso, a Coreia do Sul informou que a Coreia do Norte enviou milhares de contêineres de armas para a Rússia usar na Ucrânia, segundo a France24.

A Coreia do Norte, que possui armas nucleares, tem fortalecido seus laços militares com Moscou nos últimos anos. Em junho, Putin visitou Pyongyang e assinou um acordo de defesa mútua com Kim Jong-un.

Analistas alertaram que o aumento recente nos testes e na produção de artilharia e mísseis de cruzeiro pela Coreia do Norte pode ser uma preparação para o envio de armamentos à Rússia.

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