Após pandemia, 80 países restringem exportação

Maior parte das proibições é de produtos de saúde; Azevêdo pede 'transparência' de membros ao mudar regras

Cerca de 80 países adotaram medidas que restringem exportação desde o início da crise do novo coronavírus, de acordo com relatório da OMC (Organização Mundial do Comércio) divulgado nesta quinta (23).

A maior parte das limitações é temporária e está restrita a equipamentos médicos e de proteção individual, como luvas, máscaras, remédios e ventiladores. Há registros de proibições para o envio de alimentos e de papel higiênico.

O relatório menciona o pedido do diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, aos países-membros para que “exercitem máximo comedimento nas restrições às exportações e outras medidas que causem transtorno à cadeia de suprimentos“.

OMS alerta contra medidas contra exportação com a pandemia
O diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, em reunião das Nações Unidas em Roma, em 2014 (Foto: UN Photo)

Azevêdo também pediu “transparência” das nações ao criar novas medidas para restringir a exportação em função da crise do novo coronavírus.

A OMS informou que, entre seus 72 membros que impuseram medidas de proibição nas exportações, apenas 39 fizeram consultas à organização para alinhar as mudanças com as normativas do órgão.

No relatório, a OMS observou que a demanda por itens de saúde nunca foi tão intensa e entende que as restrições de mobilidade, sobretudo no transporte aéreo, complicam o abastecimento desses materiais.

A organização sugere a seus membros que monitorem as cadeias de produção e comércio para que as transações entre os diferentes países, com pautas produtivas distintas, possam cooperar para a manutenção do abastecimento global.

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