União Africana e FAO discutem como evitar desabastecimento no continente

Produção local e comércio inter-regional são saídas para prevenir crise na oferta de alimentos

Encurtar a cadeia de produção é a forma de minimizar problemas de abastecimento de alimentos na África, onde um em cada cinco, de uma população de 1,2 bilhão, está subnutrido. É preciso cultivar os produtos localmente e estimular ganhos de produtividade nas lavouras, sobretudo durante a crise do coronavírus.

A avaliação é de Qu Dongyu, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), feita durante reunião do órgão com representantes dos países da União Africana nesta quinta (16). 

União Africana e FAO discutem como evitar desabastecimento nas mesas do continente
Mulheres esperam em fila para receber alimentos em Butembo, na República Democrática do Congo (Foto: UN Photo)

Para Dongyu, as medidas dos governos devem priorizar a manutenção da cadeia de suprimentos para a alimentação. “É um serviço essencial, que precisa continuar operando mesmo durante períodos de isolamento, emergência, toque de recolher e outras medidas de contenção”, afirmou.

Dongyu alertou para uma quebra no abastecimento causada pelo fechamento de fronteiras após o início da crise do novo coronavírus, cujo impacto é mais agressivo em nações que dependem da importação de alimentos. 

A ministra da Agricultura sul-africana Angela Didiza também pediu cuidado para que o comércio inter-regional não seja afetado, já que a maior parte dos consumidores no continente compra de lojas pequenas ou mercados informais e não de grandes redes.

Estão previstos auxílios aos países da UA, financiados pela União Europeia, pelo Banco Mundial e pelo Banco Africano de Desenvolvimento. Entre as promessas há um pacote financeiro, financiamento para obras e um fundo contra a Covid-19.

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