Encurtar a cadeia de produção é a forma de minimizar problemas de abastecimento de alimentos na África, onde um em cada cinco, de uma população de 1,2 bilhão, está subnutrido. É preciso cultivar os produtos localmente e estimular ganhos de produtividade nas lavouras, sobretudo durante a crise do coronavírus.
A avaliação é de Qu Dongyu, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), feita durante reunião do órgão com representantes dos países da União Africana nesta quinta (16).

Para Dongyu, as medidas dos governos devem priorizar a manutenção da cadeia de suprimentos para a alimentação. “É um serviço essencial, que precisa continuar operando mesmo durante períodos de isolamento, emergência, toque de recolher e outras medidas de contenção”, afirmou.
Dongyu alertou para uma quebra no abastecimento causada pelo fechamento de fronteiras após o início da crise do novo coronavírus, cujo impacto é mais agressivo em nações que dependem da importação de alimentos.
Today we co-organized a historic 1st virtual meeting with @_AfricanUnion.
— FAO Director-General QU Dongyu (@FAODG) April 16, 2020
Facing the #COVID19 pandemic, 45 agriculture ministers & key resource partners, like @EUAgri, joined @FAO in an urgent call to keep trade flowing, citizens fed & smallholders supported in Africa. pic.twitter.com/DLTDlFqcv7
A ministra da Agricultura sul-africana Angela Didiza também pediu cuidado para que o comércio inter-regional não seja afetado, já que a maior parte dos consumidores no continente compra de lojas pequenas ou mercados informais e não de grandes redes.
Estão previstos auxílios aos países da UA, financiados pela União Europeia, pelo Banco Mundial e pelo Banco Africano de Desenvolvimento. Entre as promessas há um pacote financeiro, financiamento para obras e um fundo contra a Covid-19.