China tem 14 empresas incluídas na lista de sanções dos EUA por abusos em Xinjiang

Departamento de Comércio alega que as empresas "permitiram a campanha de repressão" em Xinjiang

Os Estados Unidos acrescentaram 14 empresas chinesas à sua lista de restrições de comércio, sob a alegação de estarem associadas aos abusos cometidos contra a minoria uigur na província de Xinjiang. As informações são da agência Reuters.

O Departamento de Comércio dos EUA alega que as empresas “permitiram a campanha de repressão, detenção em massa e vigilância de alta tecnologia de Beijing contra uigures, cazaques e membros de outros grupos minoritários muçulmanos” em Xinjiang.

Bandeiras dos EUA (à esq.) e da China, em registro durante evento bilateral em Washington, nos EUA (Foto: USDA/ Lance Cheung)

No total, foram acrescentadas à lista 34 empresas, algumas delas da Rússia e do Irã, ou que simplesmente facilitaram exportações para esses dois países, inclusive de itens militares norte-americanos. Há ainda cinco companhias que atuam diretamente como fornecedoras de tecnologia militar para a China, com foco por exemplo em lasers e sistemas de coordenação de combate.

“O Departamento de Comércio continua firmemente comprometido a tomar medidas fortes e decisivas para visar entidades que permitem abusos dos direitos humanos em Xinjiang ou que usam tecnologia dos EUA para alimentar os esforços desestabilizadores de modernização militar da China”, disse a secretária de Comércio Gina Raimondo.

Resposta chinesa

A China nega as acusações de que comete abusos em Xinjiang e diz que as ações do governo na região têm como finalidade conter movimentos separatistas e combater grupos extremistas religiosos que eventualmente venham a planejar ataques terroristas no país.

“Beijing tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e rejeita as tentativas dos EUA de interferir nos assuntos internos da China”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

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