OMS monitora nova variante de coronavírus EG.5

Variante de interesse tem uma transmissibilidade aumentada, mas não é mais grave do que outras da família Ômicron

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando diversas variantes do coronavírus, incluindo a cepa EG.5, que está se disseminando nos EUA, Canadá e no Reino Unido. As informações são da rede CBC.

Durante uma coletiva de imprensa em Genebra nesta quarta-feira (9), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou a importância de permanecer vigilante, alertando sobre a possibilidade de surgir uma variante mais perigosa capaz de provocar um aumento repentino nos casos e óbitos.

A cepa EG.5 é uma subvariante da altamente transmissível variante Ômicron. Além disso, Tedros anunciou uma série de “recomendações permanentes” que permanecerão em vigor para todos os estados até 30 de abril de 2025.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa sobre o Ebola na República Democrática do Congo, em Genebra, maio de 2018 (Foto: UN Photo/Elma Okic)

Tais diretrizes reforçam a necessidade contínua de relatar dados de Covid-19, incluindo casos e óbitos, bem como manter programas de vacinação e garantir acesso equitativo a vacinas seguras e eficazes.

Apesar de os especialistas indicarem que o EG.5 parece ter uma maior capacidade de infecção e contornar as defesas imunológicas, ainda não há muitas evidências que indiquem que ele provoque doenças mais graves.

“É um aspecto a ser monitorado, mas não estou excessivamente preocupada com isso no momento”, afirmou Syra Madad, epidemiologista do Harvard Belfer Center.

Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para o coronavírus, diz que o EG.5 tem uma transmissibilidade aumentada, mas não é mais grave do que outras variantes Ômicron.

Embora a cepa EG.5 esteja em ascensão em diversos países, não está claro em quais locais os casos também estão aumentando.

A variante tornou-se dominante nos EUA, onde os casos, atendimentos de emergência e hospitalizações estão aumentando. No entanto, não há evidências que sugiram que essa cepa específica seja a causa desses aumentos.

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