ONU: 3 milhões de migrantes seguem bloqueados por medidas contra Covid-19

Questões de moradia dificultam distanciamento entre migrantes, diz Organização Internacional para Migrações

Este conteúdo foi publicado originalmente na agência ONU News, da Organização das Nações Unidas

As medidas de confinamento social e bloqueio para conter a Covid-19 continuam afetando pelo menos 3 milhões de migrantes em todo o mundo, alertou o diretor-geral da OIM (Organização Internacional para Migrações), António Vitorino.

A pandemia afetou em especial os migrantes por uma questão de moradia. “Os migrantes vivem em ambientes extremamente povoados e geralmente têm prejuízo em sua mobilidade devido às restrições impostas pelo vírus”, disse.

ONU: 3 milhões de migrantes seguem bloqueados por medidas contra Covid-19
Imigrantes venezuelanos em Roraima, no Brasil (Foto: Paola Bello/UNFPA)

Com o início da campanha de vacinação em países desenvolvidos – onde estão a maioria dos migrantes –, a agência pede a inclusão desses cidadãos nos planos de imunização. Alguns países já deram esse passo, mas o acesso deve ser universal.

“Nós temos vários exemplos de países que já adotaram medidas no sentido de incluir os imigrantes, independentemente de seu estatuto legal. Alguns exemplos são o Texas, nos EUA, Portugal, Chade, Alemanha e Equador”, afirmou.

Atualmente 281 milhões de pessoas se reconhecem como migrantes em todo o mundo. O principal destino é os EUA, com 51 milhões. Em seguida está a Alemanha, com 16 milhões e a Arábia Saudita, com 13 milhões.

Desde o início da pandemia, a OIM tem apoiado os governos na realização de testes com o suporte de uma rede de mais de 90 clínicas e laboratórios em 56 países.

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