Cerca de 40 manifestantes são detidos em protestos contra Netanyahu em Israel

Protestos pedem que premiê deixe o poder após abertura de inquérito por fraude, suborno e quebra de confiança

Os protestos realizados desde junho por manifestantes contrários ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acabaram com violência e 38 detidos no sábado (3), informou o jornal israelense “Haaretz“.

As manifestações ocorreram em frente à casa do premiê, em Jerusalém, e os detidos já foram libertados. Apenas um permaneceu preso por suspeita de agressão a um policial. Centenas foram multados por “desobediência às medidas de distanciamento” da Covid-19.

De quinta (1) a domingo (4), forças policiais entraram em confronto com cerca de mil manifestantes na Praça Rabin, no centro de Tel Aviv. Os manifestantes teriam violado as barricadas impostas pela polícia no local e bloquearam o tráfego.

Cerca de 40 manifestantes são detidos em protestos contra Netanyahu em Israel
Manifestantes se reúnem em vários pontos de Tel Aviv para pedir pela saída do premiê Benjamin Netanyahu em 03 de outubro de 2020 (Foto: Twitter/Tamara Zieve)

No sul da cidade, manifestantes relataram agressões de policiais. Um chefe de polícia afirmou que os envolvidos usaram violência ao “jogar ovos” nos agentes.

“Muitos manifestantes violaram a ordem pública, bloquearam estradas e recorreram à violência física e verbal”, disse a polícia em um comunicado.

O movimento autointitulado “Bandeira Negra” pede pela remoção de Netanyahu do cargo de primeiro-ministro depois que um tribunal do país o indiciou no ano passado por suborno, fraude e quebra de confiança.

Com protestos em cidades de todo país, estima-se que mais de 130 mil tenham saído às ruas.

O julgamento contra o premiê começou em 24 de maio. No poder desde 2009, Netanyahu afirma que é inocente e que o processo é uma “caça às bruxas”. Ainda não há data para a conclusão do julgamento.

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