ONU: Morte de criança em Mianmar deve ser investigada, pede Unicef

Menor é uma das duas vítimas mortas em atos de violência das forças de segurança em protestos antigolpe

Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) expressou grande preocupação com “os relatos de uso de força excessiva e letal” nos protestos em Mianmar

Na segunda (22), a agência declarou que também está apreensiva com  avisos dados por representantes militares sobre a possível “perda de vidas” em caso de confrontos no domingo.  

Nesse dia, a violência envolvendo forças de segurança na cidade central de Mandalay, cidade central de Mianmar, resultou em duas mortes, incluindo a de uma criança e vários ferimentos graves.  

ONU: Morte de criança em Mianmar deve ser investigada, exorta Unicef
Cidade de Yangon, em Mianmar, onde os militares tomaram o poder (Foto: Banco Mundial/Markus Kostner)

As manifestações acontecem desde o início de fevereiro em várias partes do país na sequência da tomada do poder por militares. A ONU já chamou a ação sobre os atos de violência exercida pelas forças de segurança nos protestos. 

Em nota, o Unicef condena o uso da força contra manifestantes, incluindo relatos de uso de munição real. “Apelas que as forças de segurança se abstenham da violência, exerçam a máxima contenção”, diz o comunicado.

A agência pede que haja maiores esforços de proteção de todas as formas de violência. Este movimento inclui a expressão de opiniões e a participação em protestos pacíficos.

Direitos  

A mensagem realça ainda que “ninguém deve enfrentar qualquer forma de violência ou intimidação por causa de suas opiniões”.

O Unicef lembra da obrigação de defender os direitos infantis consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança e na Lei dos Direitos da Criança de Mianmar. A legislação nacional foi promulgada em 2019. 

A nota termina enfatizando que também devem ser observados os “direitos à proteção, participação, reunião pacífica e liberdade de expressão”. 

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