O início da temporada de caça a baleias tem rendido duras críticas de ambientalistas às Ilhas Faroe. Ao menos dez baleias-piloto foram abatidas na primeira caçada de 2021, informa a rede de televisão europeia Euronews.
O país é acusado de matar anualmente centenas de baleias-piloto, que são atraídas para perto da costa e então abatidas. O grupo ambientalista Blue Planet Society criou um abaixo-assinado para protestar contra a prática, e cerca de 500 mil pessoas já assinaram.
A entidade também usou seu Twitter para protestar contra a matança de baleias. O post questiona o fato de as Ilhas Faroe serem vistas como um tradicional destino para turistas amantes da vida selvagem: “Nós discordamos”, diz o texto.
Since placed on #GreenList media outlets are claiming that the Faroe Islands is a great destination for wildlife lovers. We disagree. https://t.co/Sa5m5R2ITO
— Blue Planet Society (@Seasaver) May 16, 2021
As Ilhas Faroe estão entre os maiores responsáveis por mortes de baleias no mundo, ao lado de Japão, Noruega e Islândia. Desde que a caça a baleias foi banida comercialmente, em 1986, esses quatro países foram responsáveis pela morte de aproximadamente 40 mil animais.
Embora admitam a caça, as Ilhas Faroe argumentam que ela remonta a uma tradição do século XVI. E alegam que a carne de baleia é tradicional na culinária local. Segundo a organização Peta (pessoas pelo tratamento ético dos animais, da sigla em inglês), porém, apenas 17% dos habitantes da ilha ainda consomem carne de baleia.
A entidade ainda afirma que o consumo de carne de baleia pode oferecer risco à saúde devido à alta concentração de mercúrio, que aumenta a chance de Alzheimer, Parkinson, autismo, depressão e ansiedade. Animais marinhos maiores e mais longevos, como as baleias, têm maior chance de acumular o metal no organismo.