O número de atos de sabotagem na Rússia em meio à guerra na Ucrânia mais do que dobrou em 2023 em comparação ao ano anterior, apontou levantamento feito pela agência de notícias russa Vyorstka nesta segunda-feira (15) e publicado no Telegram.
Pelo menos 57 ataques a ferrovias russas, centros de alistamento militar, locais de energia e outros alvos foram relatados publicamente entre o período de janeiro a maio de 2023. Trata-se de uma contagem bem acima das 21 investidas semelhantes em 2022 e apenas uma em 2021. Quase dois terços dos ataques deste ano tiveram como alvo trilhos ferroviários.
Pelo menos 26 regiões russas, incluindo a Crimeia, que teve sua simbólica ponte danificada em outubro por um caminhão-bomba de propriedade de um morador da região de Krasnodar, no sul do país, segundo o Comitê de Investigação da Rússia, sofreram pelo menos um desses ataques. Moscou é o local mais visado, com nove.
Maio registrou o maior número de atos de sabotagem, chegando a 14. Os meses de janeiro, fevereiro e abril tiveram 12 ataques cada.
Segundo a Vyorstka, a contagem inclui tentativas de atacar propriedade do Estado, independentemente de quão bem-sucedidas tenham sido.
A agência descartou casos em que as autoridades disseram ter detido suspeitos que se preparavam para realizar ataques ou casos em que os perpetradores foram enganados para cometer os ataques por golpistas.
Desde a invasão da Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022, explosões em depósitos de munição, ataques incendiários a centros de alistamento militar e danos causados a trilhos de trem têm sido relatados regularmente.
Em dezembro, o presidente Vladimir Putin reforçou a punição para atos de sabotagem com penas de prisão até prisão perpétua