Chefe das Nações Unidas saúda a renovação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro

Mais de 11 milhões de toneladas de alimentos essenciais foram embarcados graças ao acordo envolvendo Turquia, Ucrânia, Rússia e ONU

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, saudou nesta quinta-feira (17) a renovação da Iniciativa dos Grãos do Mar Negro, que deveria expirar no próximo sábado (19).

Mais de 11 milhões de toneladas de alimentos essenciais foram embarcados no âmbito do acordo envolvendo Turquia, Ucrânia, Rússia e as Nações Unidas, desde que foi assinado em 22 de julho.

Falando do Cairo, onde Guterres está para a conferência do clima COP27, em Sharm el Sheikh, ele disse em um  vídeo publicado no Twitter (falado e legendado em inglês) que está “profundamente comovido” e grato por um acordo ter sido alcançado em Istambul.

O chefe da ONU também expressou seu profundo compromisso de remover os “obstáculos restantes às exportações desimpedidas de alimentos e fertilizantes russos”, pois eles continuam sendo “essenciais” para evitar uma crise alimentar no próximo ano.

Ele também elogiou o papel da Turquia e do presidente Recep Tayyip Erdogan, observando que Istambul se tornou um “centro essencial de diplomacia discreta para resolver problemas dramáticos”. E expressou profunda gratidão aos turcos por sua generosidade e “compromisso muito eficaz”.

Secretário-geral da ONU, o português António Guterres (Foto: UN Photo/Evan Schneider)

Numa  declaração separada, Guterres insistiu que as Nações Unidas continuam “totalmente empenhadas” em apoiar o  Centro Conjunto de Coordenação da iniciativa, que supervisiona os movimentos de navios de e para a Ucrânia, “para que esta linha de abastecimento vital continue a funcionar sem problemas”.

Guterres disse que ambos os acordos assinados há três meses são essenciais para reduzir os preços dos alimentos e fertilizantes e evitar uma crise alimentar global. “A Iniciativa de Grãos do Mar Negro continua a demonstrar a importância da diplomacia discreta no contexto de encontrar soluções multilaterais”, declarou.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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