Em meio à cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nos EUA, a aliança tomou uma decisão importante na terça-feira (9), avançando em direção a um aumento significativo na produção de armas. A NSPA (agência de compras da Otan) assinou um contrato de quase US$ 700 milhões, permitindo que os Estados-Membros produzam mais mísseis antiaéreos Stinger. As informações são da Newsweek.
O FIM-92 Stinger, da Raytheon, é um sistema portátil de mísseis terra-ar usado por tropas terrestres ou em veículos para defesa aérea de curto alcance. Produzido desde 1978 e frequentemente atualizado, permite que tropas ataquem aeronaves inimigas sem suporte aéreo imediato. Foi uma das primeiras armas enviadas pelos EUA à Ucrânia após a invasão russa em 2022.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou o contrato dos mísseis Stinger em uma reunião de líderes da indústria de defesa à margem da cúpula da aliança militar em Washington, enfatizando que fortalecer a indústria de defesa dos membros da aliança é crucial para prevenir futuros ataques. “Não há como fornecer uma defesa forte sem uma indústria de defesa forte”, disse Stoltenberg.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, anunciou na terça-feira que, pela primeira vez, os países da Otan se comprometeriam a elaborar planos para melhorar suas capacidades industriais de defesa. Segundo a agência Associated Press, essa iniciativa da aliança tem como objetivo priorizar a produção de equipamentos de defesa essenciais para futuros conflitos.
Os EUA forneceram mais de US$ 53,6 bilhões em assistência militar à Ucrânia desde a invasão, enquanto outros países da Otan e parceiros internacionais contribuíram com cerca de US$ 50 bilhões, segundo o Kiel Institute for the World Economy.
A Ucrânia receberá caças F-16 de seus aliados ocidentais no verão europeu (entre a segunda quinzena de junho e setembro), liderados por Dinamarca e Holanda. Essas aeronaves avançadas são esperadas para fortalecer significativamente as capacidades aéreas ucranianas contra os ataques russos.
Reagindo a essa informação, Andrei Kartapolov, chefe do comitê de defesa da câmara baixa do parlamento russo, afirmou que o Kremlin considera as bases da Otan que hospedam caças F-16 da Ucrânia como alvos legítimos caso essas aeronaves sejam usadas contra a Rússia.
Moscou prometeu destruir os sistemas avançados de armas ocidentais enviados para a Ucrânia, argumentando que essa ajuda dos EUA e seus aliados não vai ajudar Kiev a vencer a guerra contra a Rússia, apenas prolongá-la.