A Ucrânia intensificou seus ataques contra alvos estratégicos na Rússia, atingindo refinarias de petróleo que abastecem diretamente o governo de Vladimir Putin. Na madrugada de 11 de março, drones ucranianos atacaram uma refinaria de Moscou responsável por fornecer até metade do combustível consumido na capital russa, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia. As informações são da revista Newsweek.
Dias depois, em 14 de março, outro ataque foi realizado contra a refinaria de Tuapse, na região de Krasnodar, um dos principais polos petrolíferos do país, com capacidade de processar 12 milhões de toneladas de petróleo por ano. O ataque provocou incêndios na instalação, que pertence à gigante estatal Rosneft e fornece combustível para a Frota do Mar Negro da Rússia.

A ofensiva faz parte da estratégia ucraniana de atingir instalações “envolvidas em garantir a agressão armada contra a Ucrânia”, segundo Kiev. “As Forças de Defesa da Ucrânia possuem informações detalhadas sobre instalações estratégicas russas e seguem normas do direito humanitário internacional, tomando medidas para proteger a população civil ao máximo”, afirmou o Estado-Maior ucraniano em comunicado.
Os ataques ocorrem no momento em que os EUA tentam intermediar um cessar-fogo de 30 dias no conflito, que já entra no seu quarto ano. O presidente Donald Trump ameaçou impor “sanções e tarifas de grande escala” contra a Rússia caso Putin não aceite um acordo de paz.
O conselheiro de segurança de Putin, Yuri Ushakov, demonstrou ceticismo, afirmando que o plano proposto por Washington seria “apenas uma pausa temporária para o Exército ucraniano”.
Trump disse que pretende conversar com Putin por telefone na terça-feira (18) para discutir um possível fim da guerra. “Talvez possamos, talvez não, mas acho que temos uma grande chance”, declarou o ex-presidente a repórteres.