Espiã chinesa se infiltrou no parlamento britânico, diz serviço de inteligência

Advogada Christine Ching Kui Lee é acusada de "estabelecer ligações" para o Partido Comunista Chinês com parlamentares

O MI5, serviço de inteligência doméstica do Reino Unido, alertou nesta quinta-feira (13) sobre a ação de uma suposta agente chinesa que estaria realizando “atividades de interferência política” no Parlamento. As informações são da rede BBC.

Segundo as autoridades, Christine Ching Kui Lee, uma advogada baseada em Londres, “estabeleceu ligações” para o Partido Comunista Chinês (PCC) com parlamentares atuais e aspirantes. Ela teria feito doações a políticos na casa dos US$ 275 mil, entre eles o deputado trabalhista Barry Gardiner, além de ter distribuído centenas de milhares de dólares a integrantes do partido.

Parlamento britânico (Foto: Rennett Stowe/WikiCommons)

A secretária do Interior do Partido Trabalhista, Yvette Cooper, disse que sua sigla repudia o ato. “Condenamos nos termos mais fortes as tentativas da China de interferir nos processos democráticos da Grã-Bretanha”. Segundo ela, o partido está atrás de mais informações do Ministério do Interior e do MI5 a respeito da “extensão do engano e interferência e os riscos contínuos de atividades malignas de Estados estrangeiros”.

O líder liberal democrata Ed Davey foi outro que recebeu dinheiro de Christine. Ele embolsou cerca de US$ 6,8 mil no período em que atuou como secretário de Energia, mas alega que a doação foi aceita por meio de sua associação local e que essa era “a primeira vez que ele teve motivos para se preocupar”.

A secretária do Interior, Priti Patel, disse que é “profundamente preocupante” que alguém “que conscientemente se envolveu em atividades de interferência política em nome do PCC tenha como alvo parlamentares”. Ela acrescentou que o Reino Unido tem mecanismos “para identificar interferência estrangeira”.

A embaixada chinesa em Londres rechaça as acusações e afirma nunca ter precisado “comprar influência em qualquer parlamento estrangeiro”. “Nós nos opomos fortemente ao truque de difamar e intimidar a comunidade chinesa no Reino Unido”, disse uma nota oficial.

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