EUA citam ‘combinação de fatores’ e aumentam nível de alerta em bases militares na Europa

Washington relata preocupação com eventos esportivos, mas jornal destaca ameaça de ataques russos como possível motivação

O governo norte-americano aumentou nesta semana o alerta de segurança em diversas bases militares na Europa. Ao justificar a decisão, a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, disse que ela é motivada por “uma combinação de fatores e não está relacionada a uma única ameaça.”

“O Comando Europeu dos EUA está tomando medidas para aumentar a vigilância para nossos membros do serviço, suas famílias e nossas instalações”, disse ela durante um pronunciamento no Pentágono, o Departamento de Defesa norte-americano. “Isso foi feito por excesso de cautela. Não vou entrar em mais detalhes.” 

Militares norte-americanos na Grécia: alerta de segurança elevado na Europa (Foto: x.com/US_EUCOM)

O alerta agora passou ao nível Charlie, o segundo mais alto em uma escala de cinco níveis. Tal posição, segundo as Forças Armadas norte-americanas, “aplica-se quando ocorre um incidente ou informações são recebidas indicando que alguma forma de ação terrorista ou ataque contra pessoal ou instalações é provável.”

Em seu site, o Pentágono citou como possíveis motivadores dois eventos esportivos: a Eurocopa, torneio continental de futebol que ocorre atualmente na Alemanha, e os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que acontecerão na capital francesa entre julho e agosto.

“Há uma combinação de fatores, incluindo eventos que estão acontecendo no teatro que, apenas por diligência devida, é bom garantir que nossos membros do serviço estejam tomando as medidas de precaução que precisam para si mesmos e suas famílias”, disse Singh. 

De acordo com o jornal The New York Times, porém, a decisão estaria relacionada às frequentes ameaças feitas pela Rússia de eventualmente retaliar militarmente o apoio ocidental à Ucrânia. Recentemente, Kiev recebeu aval para usar armas fornecidas por seus aliados contra o território russo, com ataques desse tipo já registrados.

A autorização permitiu à Ucrânia, por exemplo, bombardear seguidas vezes a região russa de Belgorod, usando inclusive um caça F-16 fabricado nos EUA. Também impôs perdas à Marinha russa no Mar de Azov, onde até então os navios de Moscou se consideravam seguros após as intensas perdas sofridas quando estavam ancorados na Crimeia.

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