A Ucrânia deve receber armamentos da mais alta tecnologia dos Estados Unidos e da Alemanha, informaram os países ocidentais nesta quarta-feira (1º). O anúncio ocorre em meio ao avanço das tropas russas, que no leste ucraniano se aproximam da tomada de uma importante cidade na região de Donbass. As informações são da agência Associated Press.

Berlim se comprometeu a mandar para Kiev mísseis antiaéreos modernos e sistemas de radar. Já Washington revelou nesta quarta que enviará um moderno sistema de lançamento de foguetes de médio alcance, helicópteros, sistemas de armas antitanque, radares, veículos táticos e mais itens, parte de um pacote de US$ 700 milhões.

A Rússia contesta o fornecimento de armas pelos Estados Unidos à Ucrânia. Tais medidas têm incomodado Moscou, que acusa Washington de contribuir, dessa maneira, para a ampliação do tempo de duração da guerra. Estão a “derramar combustível no fogo”, diz o Kremlin.

O governo Biden diz se posicionar na busca de um equilíbrio entre ajudar a Ucrânia contra as pesadas ofensivas russas e não desencadear uma escalada no conflito, o que poderia ocorrer se fornecesse armas capazes de atingir o país de Vladimir Putin.

As armas do Ocidente têm sido fundamentais para o sucesso da Ucrânia em bloquear as forças armadas russas, muito maiores e mais bem equipadas. É com o apoio delas que o país tem conseguido proteger a a capital de uma invasão, obrigando Moscou a focar seus objetivos militares na região industrial de Donbass.

Mesmo com o anúncio do reforço militar, impaciente com os países do Ocidente, a quem acusa de “se moverem muito devagar” à medida que o exército russo ataca mais cidades rumo ao leste, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem reivindicado mais e melhores armas.

No entanto, na opinião de analistas militares, Moscou espera conquistar Donbass antes da chegada de novos pacotes de armamentos, de modo a estancar qualquer reação das forças ucranianas.