O fornecimento de energia para a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, localizada no sudeste da Ucrânia, foi restaurado após um apagão de um mês. O incidente aumentou as preocupações internacionais sobre a segurança da maior usina nuclear da Europa. As informações são da RBC-Ukraine.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, informou que a reconexão da usina à rede elétrica ucraniana foi possível após reparos realizados durante um cessar-fogo local negociado pela agência e supervisionado pelas equipes de fiscalização em terra.

Grossi descreveu a restauração da energia como um “passo positivo significativo”, embora tenha ressaltado que a situação geral permanece “altamente precária”. A linha de energia de 750 quilovolts (kV) de Dniprovska foi totalmente reconectada e o último dos geradores a diesel de emergência, utilizado durante o apagão, foi desligado na tarde de quinta-feira.
O diretor da AIEA agradeceu aos técnicos russos e ucranianos pelo trabalho de restauração em condições difíceis e alertou que ainda há desafios para reduzir os riscos de um acidente nuclear, incluindo a conclusão dos reparos da linha Ferosplavna-1.
A interrupção, iniciada em 23 de setembro, foi a décima e mais longa registrada desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022. Moscou e Kiev se acusaram mutuamente pela falta de energia.
A presença de funcionários da AIEA na usina, desde 1º de setembro de 2022, busca monitorar a instalação, que permanece sob controle russo desde março de 2022. O restabelecimento da energia é considerado um alívio temporário, mas especialistas alertam que a segurança nuclear continua vulnerável.