Nesta quarta-feira (11), autoridades da região de Kursk, no sudoeste da Rússia, anunciaram que mais de 150 mil residentes de áreas próximas à fronteira com a Ucrânia foram obrigados a evacuar suas casas desde o início do mês passado, quando Kiev iniciou uma incursão surpresa. As informações são do The Moscow Times.

O governador Alexei Smirnov informou que os deslocados devido aos conflitos na fronteira foram “realocados para zonas seguras”, conforme relatado pela agência estatal TASS.

No mês passado, Smirnov informou ao presidente Vladimir Putin que oito distritos da região de Kursk, comparáveis a condados nos EUA ou na Inglaterra, foram colocados sob ordens de evacuação, afetando mais de 152 mil pessoas. A região tem uma população total de 1,2 milhão.

A escala das evacuações e os combates transfronteiriços são comparados aos eventos da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha nazista invadiu a União Soviética. Autoridades russas frequentemente comparam o atual conflito com a Ucrânia a esse período histórico.

Smirnov, falando na quarta-feira durante uma reunião do Ministério da Agricultura da Rússia, estimou que a incursão da Ucrânia causou danos ao setor agrícola da região de Kursk no valor de aproximadamente 85 bilhões de rublos (US$ 932,6 milhões).

As autoridades regionais ainda não atualizaram o número de mortos civis devido aos confrontos transfronteiriços desde meados de agosto. A mídia estatal, com base em informações de pessoal médico não identificado, relatou que mais de 30 pessoas haviam morrido em decorrência dos combates até 21 de agosto.

Fontes pró-Kremlin informaram na terça-feira à que as forças russas iniciaram uma contra-ofensiva contra as tropas ucranianas no distrito de Korenevsky, na região de Kursk, na fronteira com a região de Sumy, no nordeste da Ucrânia.