Moscou expulsa diplomatas do Reino Unido por suspeitas de atividades de espionagem

Inteligência russa afirmou ter em mãos documentos que comprovam o envolvimento de diplomatas britânicos em ações contrárias aos interesses do Kremlin

Nesta sexta-feira (13), a Rússia cancelou o credenciamento de seis diplomatas britânicos em Moscou, acusando-os de espionagem. As informações são da CNN.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) declarou que obteve documentos que demonstram que a Diretoria de Europa Oriental e Ásia Central do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido havia adotado como principal objetivo “causar uma derrota estratégica” à Rússia.

O FSB afirmou que, após o início da “operação militar especial” da Rússia na Ucrânia, em 2022, a Diretoria de Europa Oriental e Ásia Central do Reino Unido passou a atuar como um “serviço especial”, direcionando suas ações contra Moscou.

Kremlin, em Moscou, sede do governo da Rússia e da extinta União Soviética (Foto: W. Bulach/WikiCommons)

Essas atividades dos diplomatas britânicos foram consideradas uma ameaça à segurança nacional. Com base nos documentos obtidos pelo FSB e em retaliação às “ações hostis” de Londres, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia decidiu revogar o credenciamento de seis funcionários do departamento político da Embaixada Britânica em Moscou, alegando envolvimento em atividades de espionagem e subversão.

O FSB emitiu um alerta de que novas medidas poderão ser tomadas caso atividades semelhantes de funcionários da missão diplomática britânica sejam descobertas no futuro. Com a retirada do credenciamento, os diplomatas britânicos não têm mais justificativa oficial para permanecer na Rússia e serão obrigados a deixar o país.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, acusou diplomatas da Embaixada Britânica em Moscou de “estarem envolvidos em ações prejudiciais ao povo russo”. Ela afirmou que o governo russo apoia totalmente as avaliações feitas pelo FSB e criticou a embaixada por violar as Convenções de Viena, destacando que suas ações foram deliberadas e voltadas para causar danos.

O serviço de inteligência russo também tomou a medida incomum de divulgar uma foto dos seis diplomatas britânicos envolvidos.

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