Moscou coloca Zelensky em lista de procurados ao lado de autoridades de países da Otan

Presidente da Ucrânia faz companhia à premiê da Estônia, Kaja Kallas, e a outras figuras ilustres que também foram listadas

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é o mais novo integrante da lista de criminosos procurados pelo governo da Rússia, que conta inclusive com autoridades de países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A inclusão do nome dele foi anunciada no sábado (4) pela agência estatal russa Tass.

Sem citar qual acusação pesa contra o chefe de Estado, o veículo de mídia diz apenas que ele “é procurado por causa de um artigo do Código Penal russo” e que o mandado de prisão foi emitido pelo Ministério do Interior.

Junto com ele, também passaram a figurar na lista o ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko e o general Oleksandr Pavlyuk, chefe das forças terrestres da Ucrânia na guerra em curso contra Moscou.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em foto de 2022 (Foto: WikiCommons)

Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o site investigativo russo Mediazona afirma que o nome de Zelensky consta da relação ao menos desde o mês de fevereiro, mas somente agora Moscou divulgou a informação.

O presidente ucraniano se junta, assim, a outras figuras ilustres de países aliados que também são considerados criminosos procurados pela Rússia. Entre elas está a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, contra quem foi expedido um mandado de prisão em fevereiro.

Oficialmente, a acusação russa contra Kallas, a figura mais importante da relação, é a de que ela aprovou a retirada em seu país de monumentos da Segunda Guerra Mundial, vistos por antigas repúblicas soviéticas como uma memória indesejada do período de ocupação.

Além de Kallas, a lista de procurados conta com outros nomes importantes, como o do secretário de Estado da Estônia, Taimar Peterkop, e o do ministro da Cultura da Lituânia, Simonas Kairys.

A longa relação tem também os nomes de cerca de 60 parlamentares da Letônia cujos mandatos foram encerrados em novembro de 2022. A Polônia, mais uma país que tem retirado monumentos russos de suas ruas, igualmente tem representantes na lista de procurados.

Em maio do ano passado, o governo russo chegou a colocar o senador dos EUA Lindsey Graham, um republicano do Estado da Carolina do Sul, em sua lista de procurados, sob a acusação de que ele teria celebrado as mortes de russos na guerra da Ucrânia.

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