Novo pacote de sanções dos EUA foca importação de ouro e indústria militar russa

Medida busca atingir diretamente oligarcas russos e e estremecer máquina de guerra de Vladimir Putin

O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta terça-feira (28) novas medidas para isolar o Kremlin economicamente em consequência da guerra contra a Ucrânia. Ao lado de importantes parceiros econômicos do G7, Washington irá banir a compra de ouro russo. As informações são da rede CNBC.

A penalidade deve atingir autoridades e oligarcas russos, suspeitos de aumentar a produção de ouro para atenuar o impacto das restrições globais que deixaram a economia de Moscou à beira de um colapso. A proibição não se aplica ao metal que estava localizado fora do país antes da declaração oficial do governo americano, segundo detalhou comunicado do Tesouro.

Além de afetar a maior exportação de Moscou fora do setor de energia, o Tesouro dos EUA anunciou no mesmo dia que o novo pacote de sanções tem como alvo mais de 70 empresas russas do setor de defesa e 29 indivíduos. Reino Unido, Canadá e Japão estão se juntando ao esforço.

A Rússia detém algumas das maiores reservas de ouro do mundo, o equivalente a 2,3 mil toneladas, avaliadas em quase US$ 140 bilhões (Foto: WikiCommons)

De acordo com um comunicado publicado no site do órgão governamental, figuram na lista entidades que produzem componentes para sistemas de armas da Federação Russa e corporações que lideram os esforços da Rússia para exportar armas, financiando assim o desenvolvimento de equipamentos militares. Entre elas a Rostec, estatal fabricante de aeronaves comerciais e militares.

As medidas “atingem o coração da capacidade da Rússia de desenvolver e implantar armas e tecnologia usada na guerra brutal de Vladimir Putin contra a Ucrânia”, acrescenta a nota do Departamento do Tesouro.

Segundo Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, “visar a indústria de defesa da Rússia degradará as capacidades de Putin e impedirá ainda mais sua guerra contra a Ucrânia, que já foi atormentada por baixa moral, cadeias de suprimentos quebradas e falhas logísticas”.

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