O presidente do conselho da maior empresa privada de petróleo da Rússia, a LUKoil, morreu nesta quinta-feira (1) após supostamente cair de uma janela de hospital em Moscou, segundo relatos da mídia russa repercutidos pela rede BBC. No entanto, há outras versões.

Ravil Maganov, que tinha 67 anos, caiu do sexto andar do Hospital Clínico Central, segundo fontes policiais. Em nota, a empresa confirmou sua morte, porém, disse que Maganov foi vitimado por “uma doença grave” no mesmo local.

Segundo o jornal independente The Moscow Times, o centro saúde, conhecido como “Clínica do Kremlin”, já que trata de pacientes da elite política – Mikhail Gorbachev faleceu lá nesta semana – e empresarial da Rússia, confirmou o óbito de Maganov à agência de notícias estatal RIA Novosti. Não foram detalhadas as circunstâncias de sua morte.

Apesar da falta de transparência quanto ao tratamento no hospital, o jornal russo de negócios Kommersant informou nesta quinta-feira que Maganov havia sido diagnosticado com uma doença cardiovascular grave. Já a agência de notícias Mash disse que o executivo também sofria de depressão. 

Há inclusive a hipótese de suicídio, segundo levantou a agência russa de notícias Tass. O veículo citou fontes dizendo que ele havia sido vítima de um acidente fatal causado pela queda, o que corrobora o relato policial. Porém, mais tarde, acrescentou que Maganov teria tirado a própria vida.

Oposição à guerra

A LUKoil foi uma das poucas empresas russas a pedir abertamente o fim da “operação militar especial” na Ucrânia. “Nós defendemos a cessação imediata do conflito armado e apoiamos devidamente sua resolução por meio do processo de negociação e por meios diplomáticos”, disse a empresa em carta aos acionistas em fevereiro, logo após o início da invasão.

Maganov atuava na LUKoil desde 1994, chegando ao cargo de presidente do conselho em 2020. Ele é o segundo alto executivo da empresa a morrer em circunstâncias misteriosas desde então. Há três anos, ele recebeu do presidente Vladimir Putin um prêmio em reconhecimento ao seu trabalho.

Em abril, o bilionário presidente da companhia, Vagit Alekperov, renunciou após o Reino Unido impor sanções a ele em resposta à invasão.