O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, expressou uma visão contundente sobre as implicações globais da guerra na Ucrânia, afirmando que uma vitória russa equivaleria a uma derrota dos EUA. Ao justificar sua alegação, ele destacou a importância estratégica do conflito não apenas para Kiev e a Europa, mas também para a liderança dos global norte-americana. As informações são da agência Reuters.

“A guerra na Ucrânia não é apenas sobre a independência, soberania e integridade territorial ucranianas; é sobre a segurança europeia e a liderança americana”, declarou Stubb.

Esta forte declaração ocorreu à margem de uma cerimônia que marcou o terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia, com a presença de vários líderes globais. O encontro sublinhou o papel crucial de Kiev em manter alianças robustas, especialmente num momento em que o apoio americano parece incerto.

Reafirmando a posição da Finlândia como membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Stubb destacou o papel defensivo do país, recém-admitido na aliança em 2023: “Somos um provedor de segurança, não um consumidor.”

Ele também ressaltou a capacidade militar finlandesa como um dos maiores contingentes da Europa e destacou sua postura reforçada contra ameaças externas, principalmente de Moscou.

Sobre as dinâmicas da guerra, Stubb não poupou palavras ao abordar as consequências de uma possível vitória de Vladimir Putin: “Se houver um vislumbre de que Putin conquiste esta paz, então os Estados Unidos terão perdido, e é por isso que precisamos lutar até o fim amargo.”

Stubb também comentou sobre as exigências americanas por maior contribuição europeia para a defesa continental. “Há definitivamente uma mudança na aliança transatlântica, e os Estados Unidos estão corretamente exigindo que a Europa assuma mais responsabilidade por sua própria segurança”, explicou.

Em termos de resolução de conflitos, o presidente finlandês delineou um plano de paz em várias fases, começando pelo fortalecimento da posição da Ucrânia, seguido de um cessar-fogo com garantias de segurança robustas e, por fim, negociações de paz abrangentes que discutiriam território, finanças e reconstrução. Stubb reiterou que tanto a integração da Ucrânia à União Europeia (UE) quanto à Otan, bem como a segurança europeia, são pontos inegociáveis.