Soldados russos se envolveram em mais de cem mortes desde retorno da Ucrânia, diz site

Desde que retornaram do front, militares foram conectados à morte de 107 pessoas, segundo revelou um meio de comunicação independente

Soldados russos que retornaram da Ucrânia estão sendo associados a 107 mortes desde o início da invasão há mais de dois anos. Essa é a conclusão de uma investigação divulgada nesta quinta-feira (25) pelo meio de comunicação independente Vyorstka, que cita relatos da mídia e documentos judiciais.

Segundo o Vyorstka, foram registradas condenações por crimes violentos de 91 ex-presidiários que foram perdoados após combates em território ucraniano, além de 84 soldados regulares que retornaram da linha de frente.

De acordo com os dados coletados, 76 pessoas foram assassinadas por soldados das tropas de Vladimir Putin que voltaram do front, enquanto outras 18 morreram devido a ferimentos graves. Além disso, 11 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, e duas pessoas morreram devido ao uso de drogas induzidas pelos soldados.

Soldados russos durante exercício militar (Foto: Bohan Shen/Flickr)

Além das vítimas fatais, outras 100 pessoas ficaram gravemente feridas devido às ações dos soldados russos que retornaram, mas sobreviveram aos ataques.

Em casos de homicídio, ex-presidiários foram condenados a penas de prisão variando entre 6 e 11 anos, enquanto soldados regulares receberam penas entre 7,5 e 10 anos. Em casos concorrentes, as penas aumentaram para 22 e 20 anos, respectivamente.

O Vyorstka ressaltou que o número real de crimes pode ser maior, já que nem todos os casos são divulgados pelos tribunais ou pela mídia, especialmente se não houver menção à experiência militar dos acusados.

A contagem do Vyorstka incluiu 142 casos criminais, abrangendo homicídios, lesões graves, infrações de trânsito e coerção ao uso de drogas, além dos 34 casos conhecidos. No entanto, não foram incluídos soldados que não puderam ser verificados como tendo lutado na Ucrânia nos últimos dois anos.

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