Em setembro, a Suécia havia anunciado que seu orçamento de defesa, que em 2024 representa 2,2% do PIB (produto interno bruto), será aumentado para 2,6% nos próximos quatro anos, superando assim as metas traçadas pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Na terça-feira (16), o país revelou que também pretende ampliar o tamanho de suas Forças Armadas, segundo a agência Reuters.
De acordo com o ministro da Defesa Pal Jonson, o efetivo militar será aumentado em 27 mil homens e mulheres até 2030, atingindo um total de 115 mil combatentes. Ele afirmou que a medida tem como objetivo fortalecer suas defesas em função da recente adesão do país à aliança militar transatlântica.

“Precisamos ser capazes de responder de forma mais forte e eficaz às mudanças que estão ocorrendo no mundo ao nosso redor, acima de tudo à invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia“, disse Jonson em entrevista coletiva.
O aumento das tropas nas Forças Armadas suecas acompanha a recente ampliação do orçamento de defesa, que no ano que vem subirá 10% e atingirá 138 bilhões de coroas suecas (R$ 74,3 bilhões). Isso deixará o país ainda mais confortável no cumprimento da meta da Otan.
Hoje, o piso sugerido pela aliança é de um gasto equivalente a 2% do PIB nacional, e o balanço deste ano coloca 23 dos 31 países-membros dentro da meta. A Suécia é um deles e, com 2,8%, seguirá dentro do objetivo mesmo que ele venha a se tornar mais ambiciosos até 2028.
Defesa é prioridade
Desde que ingressou na Otan, a Suécia tem se mostrado preocupada em fortalecer suas Forças Armadas e seus sistemas de defesa. No início deste ano, o governo alertou seus cidadãos de que eles deveriam estar preparados para uma eventual guerra, conforme crescem as desavenças entre a Rússia e os integrantes Otan.
Depois, em abril, Estocolmo anunciou uma ação prática ao projetar um investimento milionário em abrigos antiaéreos e outras medidas semelhantes. A promessa era a de investir 385 milhões de coroas suecas (R$ 207,5 milhões) para melhorar seus serviços de emergência e defesa civil e modernizar abrigos antiaéreos existentes.
O projeto prevê ainda uma melhora dos sistemas de combate a ameaças cibernéticas e de abastecimento de água potável e um aumento dos estoques de medicamentos. O transporte público do país também foi incluído naquele pacote.