A Acnur, agência para refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas), informou nesta terça-feira (28) que pelo menos 31 pessoas morreram em três naufrágios ocorridos no Mar Egeu entre os dias 21 e 24 de dezembro. Existe ainda um número desconhecido de pessoas desaparecidas.
Segundo a Acnur, mais de 160 pessoas foram resgatadas pela Guarda Costeira Helênica, com o apoio da Marinha e da Força Aérea da Grécia. A agência da ONU elogiou os esforços de todos os envolvidos nas ações para garantir a segurança dos sobreviventes.
A representante da Acnur na Grécia, Maria-Clara Martin, declarou que é “de partir o coração” o fato de que refugiados e migrantes, sem caminhos seguros e desesperados, acabem confiando suas vidas aos contrabandistas.
Martin pede mais ação para controlar o contrabando de pessoas e acabar com a “exploração da miséria humana”. A especialista lembra que tragédias como a do Mar Egeu podem ser prevenidas e destaca que ‘não podemos nos acostumar a ver corpos sendo retirados do mar”.
2,5 mil mortes
O primeiro naufrágio aconteceu na ilha de Folegrandos no dia 21 de dezembro, com 13 pessoas resgatadas e três corpos recuperados. Um sobrevivente contou à guarda costeira grega que pelo menos 50 pessoas estavam no barco, sem nenhum equipamento de segurança.
O segundo naufrágio, ocorrido na ilha Antikythera, causou a morte de 11 pessoas, e 88 foram resgatadas. Na véspera do Natal, um barco carregando pelo menos 80 migrantes afundou na ilha de Paros e 17 pessoas morreram, incluindo um bebê. Os sobreviventes receberam comida, roupas e cobertores.
A Acnur calcula que, entre janeiro e o final de novembro de 2021, mais de 2,5 mil pessoas morreram ou desapareceram em alto mar, na tentativa de chegarem até a Europa via Mediterrâneo ou pela rota marítima do noroeste da África.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News