Nesta quarta-feira (24), a Justiça russa determinou que o vice-ministro da Defesa, Timur Ivanov, ficará sob custódia por dois meses, até 23 de junho, após ser detido na noite anterior sob acusações de suborno. As informações são da rede CNN.
Durante a audiência no tribunal de Basmanny, em Moscou, foi revelado que Ivanov está enfrentando acusações de receber grandes subornos relacionados a contratos e subcontratos realizados para o Ministério da Defesa.
Os investigadores alegam que o suborno excedeu 1 milhão de rublos (cerca de US$ 10,7 mil dólares), sendo classificado como “particularmente significativo” de acordo com a lei russa, o que acarreta uma possível pena de prisão de até 15 anos.
O tribunal também decidiu pela detenção e posterior prisão de outro suspeito, Sergey Borodin, um ex-coronel considerado cúmplice de Ivanov. Ele também foi detido e está sob custódia.
De acordo com o tribunal, Ivanov e Borodin supostamente conspiraram para receber subornos “na forma de serviços imobiliários para necessidades pessoais” durante trabalhos realizados para o Ministério da Defesa.
O advogado de Ivanov, Denis Baluyev, afirmou que seu cliente foi detido em seu local de trabalho e se declarou inocente, destacando que “o dinheiro não aparece de forma alguma como objeto de suborno”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Vladimir Putin e seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, foram informados sobre as detenções iminentes. Ele se recusou a comentar relatos sobre uma possível investigação de alta traição de Ivanov, sugerindo aguardar declarações oficiais.
Antes de se tornar vice-ministro da Defesa, Ivanov ocupou cargos importantes em órgãos governamentais e empresas estatais.