A demência é um dos maiores desafios de saúde pública da atual geração, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). No início de outubro, a agência lançou o primeiro projeto de pesquisa sobre o combate à doença, que pode afetar 78 milhões de pessoas até o fim desta década.
A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, pediu mais apoio para combater e prevenir a demência. Segundo ela, infelizmente, o mundo está atrasado na implementação do Plano de Ação Global sobre a Resposta de Saúde Pública à Demência 2017-2025.
A médica lembra que a resposta como uma urgência de saúde pública precisa de pesquisa e inovação. Embora seja a sétima maior causa de morte no mundo, o montante reservado à pesquisa global sobre demência é de menos de 1,5% de toda a produção na área de saúde.
A OMS afirma que as estratégias de saúde pública são necessárias para melhor compreender, prevenir e tratar as doenças subliminares que causam a demência. Com esses cuidados, consegue-se fornecer apoio e tratamento às pessoas que sofrem de demência e àqueles que cuidam desses doentes.
A agência da ONU lembra que, para conduzir as pesquisas, é preciso investimento. O Projeto de Pesquisa sobre a Demência é o primeiro desta natureza sobre doenças crônicas, colocanco à disposição uma orientação para legisladores, patrocinadores e a comunidade científica sobre a pesquisa de demência.
A OMS quer engajar agências científicas nacionais e internacionais, assim como órgãos financiadores, para que utilizem o plano na obtenção de recursos. Ao mesmo tempo, a agência acredita que a sociedade civil deva continuar advogando por um ambiente mais equitativo, eficiente e colaborativo de pesquisa.
O plano da OMS quer também construir ações que priorizem as investigações e coordenem as atividades para doenças infecciosas relacionadas. E considera o inteiro espectro de pesquisa sobre demência, incorporando diagnósticos, tratamentos e avanços como a inteligência artificial e uma abordagem de análise biológica.
O projeto abrange a epidemiologia, o aspecto econômico da saúde, pesquisa de tratamento, redução de risco e saúde cerebral através de todo o percurso da vida. A iniciativa também envolve a participação de pessoas que tiveram demência e dá informações durante todo o processo de pesquisa.
A OMS quer trabalhar com todos os participantes de setores relevantes para assegurar que as ações delineadas no projeto sejam implementadas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e de apoiar as pessoas que vivem com demência, suas famílias e seus cuidadores.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News