Delegação egípcia em Israel busca soluções para cessar-fogo em Gaza

Negociações indiretas entre Israel e o Hamas estão em andamento no Cairo e em Doha, com o objetivo de alcançar um acordo

Uma delegação de segurança egípcia de destaque chegou a Tel Aviv nesta sexta-feira (26) para discutir um possível cessar-fogo em Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas, conforme relatado pela mídia egípcia e israelense. As informações são da agência Associated Press.

A emissora Al Qahera citou uma fonte egípcia não identificada e informada, que afirmou que a delegação egípcia inclui um grupo de especialistas no assunto.

A fonte acrescentou que a delegação está abordando um quadro amplo para um cessar-fogo em Gaza, indicando que há um “progresso significativo” na redução das diferenças entre as delegações egípcia e israelense.

Palestinos inspecionam as ruínas de prédio destruído em ataques aéreos israelenses na Cidade de Gaza em 8 de outubro de 2023 (Foto: WikiCommons)

A agência de notícias israelense Ynet confirmou a chegada de uma delegação egípcia a Israel, com o objetivo de se reunir com autoridades para buscar um acordo. Tel Aviv estima que 134 cidadãos israelenses estejam detidos em Gaza, enquanto Israel mantém cerca de 9 mil palestinos em suas prisões.

Conversas indiretas entre Israel e o grupo Hamas estão ocorrendo no Cairo e em Doha, com o objetivo de alcançar um acordo que envolva uma troca de prisioneiros, na qual os prisioneiros israelenses seriam libertados em troca da libertação dos palestinos detidos em prisões israelenses.

No entanto, até o momento, nenhum avanço foi alcançado, com ambas as partes se acusando mutuamente pelo fracasso em obter uma troca de prisioneiros e um cessar-fogo em Gaza.

Números

Desde o ataque transfronteiriço do Hamas em outubro passado, que resultou em cerca de 1,2 mil mortes, Israel tem conduzido uma ofensiva severa na Faixa de Gaza. Os números de vítimas desde então são alarmantes, com mais de 34.151 palestinos mortos e 77 mil feridos, a maioria mulheres e crianças, em meio à devastação e à falta crítica de suprimentos básicos.

A guerra israelense resultou no deslocamento interno de 85% da população de Gaza, exacerbando uma crise humanitária com escassez crítica de alimentos, água potável e medicamentos. Além disso, cerca de 60% das infraestruturas do enclave foram danificadas ou destruídas, conforme relatado pela ONU.

O Estado judeu enfrenta acusações de genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Uma decisão provisória emitida em janeiro exigiu que Tel Aviv interrompesse os atos genocidas e garantisse a prestação de assistência humanitária aos civis em Gaza.

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