Explosões coordenadas atingem paradas de ônibus e matam uma pessoa em Jerusalém

A vítima fatal da segunda explosão foi identificada como Aryeh Shtsupak, um jovem de 16 anos

Duas explosões em paradas de ônibus deixaram uma pessoa morta em Jerusalém, Israel, nesta quarta-feira (12). Ao menos outras 14 pessoas ficaram feridas, de acordo com autoridades locais. As informações são da agência Reuters.

A polícia israelense atribuiu o ataque a militantes palestinos. A primeira explosão ocorreu em uma parada perto da saída da cidade, durante a hora do rush. A segunda, cerca de 30 minutos depois, foi registrada em um assentamento urbano na zona leste da cidade.

“Não houve um ataque tão coordenado em Jerusalém por muitos anos”, afirmou Eli Levi, porta-voz da polícia, acrescentando que a primeira explosão foi mais poderosa, causada por um dispositivo de grande impacto.

Cena cotidiana da tradicional rua Jaffa, em Jerusalém, julho de 2021 (Foto: Levi Meir Clancy/Unsplash)

De acordo com os serviços de emergência locais, 12 pessoas ficaram feridas na primeira explosão e foram levadas ao hospital. Outra três foram socorridas no segundo episódio, sendo que uma das vítimas morreu ao dar entrada no pronto atendimento.

O jornal The Times os Israel afirmou que a vítima fatal da segunda explosão foi identificada como Aryeh Shtsupak, um jovem de 16 anos.

O vice-comissário de polícia Sigal Bar Zvi afirmou que as bombas tinham “alta qualidade”, o que o leva a concluir que provavelmente uma “célula terrorista organizada” está por trás do ataque, e não uma única pessoa. A suspeita é de que os dispositivos explosivos tenham sido acionados remotamente.

O grupo palestino Hamas elogiou o ataque, mas não reivindicou a autoria das explosões. Abdel-Latif Al-Qanoua, porta-voz dos militantes islâmicos, afirmou que a ação é uma resposta aos “crimes cometidos pela ocupação (israelense) e pelos colonos”.

A violência remete aos ataques a ônibus ocorridos durante a revolta palestina que se estendeu do ano 2000 até 2005. E ocorre em meio à tensão atual na Cisjordânia, palco de ações repressivas do governo israelense após algumas mortes registradas no país e atribuídas a palestinos recentemente.

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