Facebook bloqueia grupo de hackers que atacou funcionários do governo afegão

A ação foi executada por um grupo paquistanês conhecido como SideCopy que usava “iscas românticas” para ter acesso a sistemas digitais

Um grupo de hackers que tinha como alvo pessoas ligadas ao governo deposto do Afeganistão e às forças de segurança durante a ascensão do Taleban ao poder foi bloqueado pelo Facebook na terça-feira (16). As informações são da rede France24.

As ações maliciosas eram executada por um grupo paquistanês conhecido como SideCopy, que usou supostas mulheres jovens na plataforma social para enganar as vítimas e fazer com que acessassem suas páginas, uma estratégia definida como “iscas românticas”. A visita a tais páginas acabava por permitir que os hackers tivessem acesso aos sistemas usados pelas vítimas.

Ataques cibernéticos empreendidos por hackers causam prejuízos bilionários no mundo (Foto: TheDigitalArtist/Pixabay)

Em uma campanha de ataques que se estendeu de abril a agosto, os hackers utilizaram uma técnica conhecida como phishing – usada para enganar usuários e obter informações confidenciais -, compartilhando links que direcionavam para sites que hospedavam softwares maliciosos, bem como atraíam os alvos governamentais para que baixassem aplicativos de chat comprometidos. Para isso, de acordo com o Facebook, os hackers criaram lojas de apps falsos e comprometeram sites legítimos.

A Meta, novo nome da empresa que mantém o Facebook, não detalhou as motivações dos ataques, mas relatou que as ofensivas virtuais foram direcionadas a pessoas “com ligações com o governo afegão, militares e policiais em Cabul”.

A empresa não revelou o números de usuários afetados ou quais os tipos de informações que foram roubadas, limitando-se a compartilhar as ações dos cibercriminosos com as autoridades competentes e alertando as vítimas.

A big tech liderada por Mark Zuckerberg também disse que removeu os hackers envolvidos na operação afegã, bem como um conjunto de três grupos de criminosos cibernéticos que tinham como alvo a oposição ou outros críticos ao governo na Síria.

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