Mais três homens acusados de colaborar com Israel foram executados por enforcamento nesta quarta-feira (25) no Irã, segundo anúncio da agência de notícias Mizan, ligada ao Judiciário da República Islâmica. As mortes ocorreram na cidade de Urmia, no noroeste do país, perto da fronteira com a Turquia. As informações são do jornal The Times of Israel.
Identificados como Idris Ali, Azad Shojai e Rasoul Ahmad Rasoul, os condenados teriam contrabandeado equipamentos utilizados no assassinato de uma pessoa não identificada. “Eles foram presos e julgados por cooperação em favor do regime sionista”, informou a agência oficial. “A sentença foi executada nesta manhã e eles foram enforcados.”
A execução ocorreu no mesmo dia em que a mídia estatal do Irã anunciou a prisão de mais de 700 pessoas ao longo dos últimos 12 dias, sob a acusação de envolvimento com redes de espionagem de Israel. “Desde o início do ataque de Israel contra o Irã, a rede de espionagem do regime sionista tem estado altamente ativa no país”, publicou a agência Fars.

Os enforcamentos somam-se a outras execuções realizadas nos últimos dias, também de homens acusados de atuar como agentes do Mossad, o serviço de inteligência israelense. Teerã frequentemente anuncia prisões e execuções de pessoas suspeitas de colaborar com serviços secretos estrangeiros, sobretudo Israel, país que o governo iraniano promete destruir repetidamente em seus discursos oficiais.
O endurecimento das ações internas do regime ocorre após quase duas semanas de confronto direto entre Irã e Israel, encerrado com um cessar-fogo mediado pelos EUA na terça-feira (24). A ofensiva israelense, iniciada em 13 de junho, teve como alvos cientistas nucleares, líderes militares e instalações de enriquecimento de urânio e de mísseis balísticos.
Como retaliação, o Irã lançou mais de 550 mísseis balísticos e cerca de mil drones contra Israel, matando 28 pessoas e deixando milhares de feridos, de acordo com autoridades de saúde israelenses. Os ataques atingiram edifícios residenciais, uma universidade e um hospital. O Irã também disparou contra uma base militar dos EUA no Catar, em resposta aos bombardeios americanos contra instalações nucleares iranianas em Natanz, Fordo e Isfahan.