Em meio à retirada estrangeira, confronto entre forças afegãs e Taleban deixa 23 mortos

Tropas dos EUA e da Otan estão em processo de retirada do Afeganistão, o que tem aumentado a violência no país

Pelo menos três militares afegãos e 20 combatentes do Taleban morreram durante um confronto ocorrido no sábado (3) na província de Badakhshan, no norte do Afeganistão. O evento ainda deixou dez rebeldes e cinco seguranças feridos. As informações são do portal Daijiworld.

Fontes anônimas locais relataram que os jihadistas tomaram as sedes dos distritos de Tagab, Kishim, Tashkan e Shahr-e-Buzarg, localizados na mesma província. O porta-voz do governo provincial de Badakhshan, Nik Mohammad Nazari, nega a informação e diz que os combates continuam.

Em meio à retirada estrangeira, confronto entre forças afegãs e Taleban deixa 23 mortos
Soldados afegãos em ofensiva contra o Taleban na província de Helmand, novembro de 2012 (Foto: Divulgação/Al-Jazeera/Creative Commons)

Em meio à retirada de forças estrangeiras, o Afeganistão testemunha um aumento da violência nos confrontos entre as forças locais e os jihadistas, que têm conquistado algumas vitórias frente aos militares.

De acordo com o site Times of India, com a crescente tomada de controle dos jihadistas, a inteligência norte-americana prevê que o governo correrá riscos nos próximos meses após a retirada das forças dos EUA.

“Esperança de paz”

Tropas de militares norte-americanos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deixaram definitivamente a base militar de Bagram na última sexta-feira (2). O Taleban comemorou. “Daremos um passo adiante para a segurança do país, e nossa esperança de paz aumentará”, chegou a declarar à CNN Zabiullah Mojahid, porta-voz do grupo.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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