ONU permanece em Gaza apesar de redução de pessoal, diz secretário-geral

António Guterres confirma presença reduzida após ataque que matou um funcionário e feriu outros cinco de forma grave

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

A ONU (Organização das Nações Unidas) não vai sair de Gaza. Foi essa a mensagem enfatizada pelo secretário-geral, António Guterres, ao anunciar uma redução de pessoal na área afetada por um conflito de quase 15 meses entre Israel e o grupo Hamas.

A decisão de diminuir o número de trabalhadores correu após os ataques israelenses, que mataram centenas de civis, incluindo funcionários das Nações Unidas.

Riscos “intoleráveis” para funcionários da ONU

Em nota, divulgada na segunda-feira (24), Guterres afirmou que, com base nas informações disponíveis, os ataques que atingiram o complexo da ONU em Deir Al Balah, em 19 de março, foram causados ​​por um tanque israelense.

Um trabalhador da Bulgária morreu na hora e outros cinco profissionais da organização ficaram feridos. Eles são da França, da Moldávia, da Macedônia do Norte, dos Territórios Palestinos e do Reino Unido. Todos tiveram ferimentos graves e alguns terão sequelas para o resto da vida.

Guterres critica “epidemia de desinformação” sobre Covid-19
O secretário-geral da ONU António Guterres (Foto: UN Photo)

O secretário-geral da ONU reiterou que a localização deste complexo era bem conhecida pelas partes em conflito. Imediatamente após o ataque, Guterres pediu uma investigação completa e independente.

Ele voltou a dizer que ambos os lados do conflito são obrigados pelo direito internacional a proteger a inviolabilidade absoluta das instalações das Nações Unidas. Sem isso, os funcionários ficam expostos a riscos “intoleráveis” ​em seu trabalho de salvar vidas.

Sobreviência e proteção dos civis

Guterres afirmou que a suspensão de entrada de ajuda, imposta por Israel, há três semanas, é a mais longa desde o início da guerra em outubro de 2023. O resultado é o aumento das necessidades humanitárias e da preocupação com a situação dos civis.

O líder das Nações Unidas disse que a organização continua comprometida em fornecer ajuda da qual os palestinos dependem para sua sobrevivência e proteção.

Ele também pediu que todos os Estados usem sua influência para acabar com o conflito e garantir o respeito ao direito internacional, aplicando pressão diplomática e econômica e combatendo a impunidade.

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