Explosão em Gaza mata funcionário da ONU

Ainda não se sabe se disparo foi por via aérea, artilharia ou foguete; outras cinco pessoas ficaram feridas no incidente

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Um funcionário do Escritório da ONU de Serviços para Projetos (Unops) foi morto na manhã desta quarta-feira (19), em Gaza, em uma explosão no local onde estava, em Deir al Balah.

Em nota, a agência cita relatos sobre outras cinco vítimas, várias delas gravemente feridas.

Detonação ocorreu dentro do edifício

A acomodação do Unops já havia sofrido danos em bombardeios registrados no dia anterior. O que se sabe até o momento é que uma munição explosiva foi lançada ou disparada na infraestrutura e detonada dentro do edifício nesta quarta.

O prédio havia sido classificado como um local livre de conflito em contatos com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

Fumaça e chamas sobem em um prédio na Cidade de Gaza, em outubro de 2023 (Foto: WikiCommons)

Não se sabe mais sobre a natureza do artefato explosivo, não sendo possível indicar se foi uma arma lançada por via aérea, artilharia ou foguete.

O Unops enfatizou que o incidente não foi causado por nenhuma ação de tentativa de remoção de munição não detonada.

“Trabalhadores da ONU nunca devem ser alvos”

O diretor-executivo do Unops, Jorge Moreira da Silva, afirmou que o episódio “não foi um acidente, mas um incidente”.

Para ele, o que está acontecendo em Gaza é “inconcebível”. O chefe da agência declarou estar “chocado e arrasado” pela notícia e ressaltou que trabalhadores e instalações da ONU nunca devem ser alvos.

Moreira da Silva enviou condolências a todos os afetados e renovou o apelo da ONU pela retomada do cessar-fogo, para que a assistência humanitária seja restabelecida e para que os reféns feitos pelo Hamas sejam libertados incondicionalmente.

Ele insistiu que ataques contra instalações humanitárias são uma violação do direito internacional e que o pessoal da ONU e suas instalações devem ser protegidos por todos os lados.

O chefe do Unops enfatizou que a população civil depende da ONU para assistência vital, em momento de “tragédia e devastação total”. 

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