Acadêmica Kylie Moore-Gilbert retorna à Austrália após 800 dias presa no Irã

Moore-Gilbert foi presa no Irã em 2018 por suposta 'espionagem'; acadêmica deve ficar em quarentena por 14 dias

A pesquisadora Kylie Moore-Gilbert retornou à Austrália nesta sexta (27) após mais de dois anos de prisão no Irã. De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, ela deve permanecer 14 dias em quarentena antes de voltar para a sua cidade natal.

Oficiais recepcionaram Moore-Gilbert no aeroporto de Camberra. Ela agradeceu o apoio de diplomatas e governo australiano em seu caso.

Moore-Gilbert foi libertada no início da semana após 804 dias na Prisão de Evin, local conhecido por abrigar presos políticos do Irã. Ela foi detida ainda em 2018 no aeroporto de Teerã, após participar de uma conferência acadêmica no país.

Pesquisadora Kylie Moore-Gilbert retorna à Austrália após 800 dias de prisão no Irã
A pesquisadora Kylie Moore-Gilbert em entrevista em 2017 (Foto: Reprodução)

Tribunais a sentenciaram a 10 anos de prisão por espionagem, crime que nega ter cometido. A acadêmica se dedica aos estudos do Oriente Médio na Universidade de Melbourne, uma das mais tradicionais da Austrália.

Nesta quinta (26), a mídia iraniana afirmou que Camberra concordou em libertar três cidadãos do país em troca de Moore-Gilbert. O governo australiano, no entanto, não confirmou a troca.

Enquanto esteve na cadeia, Moore-Gilbert fez diversas greves de fome para chamar atenção das autoridades ao seu caso. No período final de sua detenção, autoridades a transferiram para a prisão de Qarchak, a leste de Teerã.

A acadêmica garantiu não ter mágoa do povo iraniano, ao ser libertada. “Não tenho nada além de respeito, amor e admiração pela grande nação do Irã e seu povo”, disse.

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