Supostos seguidores do EI são baleados em ataque à embaixada dos EUA no Líbano

Ação teria sido realizada por ao menos três homens, sendo que um deles vestia camisa com referência ao grupo terrorista

Ao menos dois homens foram baleados por militares libaneses em um tiroteio ocorrido em frente à embaixada dos EUA nas proximidades de Beirute nesta quarta-feira (5). A imprensa local sugeriu que eles são seguidores do Estado Islâmico (EI) e realizaram um ataque à sede da diplomacia norte-americana no Líbano.

De acordo com a agência Associated Press (AP), um indivíduo vestia uma camisa com o nome do grupo extremista em árabe, além das iniciais IS no alfabeto romano, referência ao nome da organização em inglês, Isamic State. Soldados sírios que participaram da operação disseram ainda que esse agressor, de nacionalidade síria, foi baleado e preso.

Lisa Johnson, embaixadora dos EUA em Beirute, imagem de 24 de maio (Foto: Facebook oficial)

A rede Fox News publicou posteriormente a informação de que eram na verdade três agressores. Além do homem baleado e preso, um segundo extremista foi morto, enquanto um terceiro conseguiu escapar. O tiroteio durou cerca de meia hora. Já a agência Reuters relatou que um membro da equipe de segurança do local ficou levemente ferido.

“Às 8h34, horário local, foram relatados disparos de armas leves nas proximidades da entrada da embaixada dos EUA”, disse o perfil do órgão no X, antigo Twitter. “Graças à rápida reação das LAF (Forças Armadas Libanesas), das ISF (Forças de Segurança Internas) e da nossa equipe de segurança da embaixada, nossas instalações e nossa equipe estão seguras. As investigações estão em andamento e estamos em contato próximo com as autoridades do país anfitrião.”

A embaixada norte-americana fica no subúrbio de Aukar, ao norte de Beirute, para onde se mudou após um ataque suicida a bomba que matou 63 pessoas em 1983. No momento do ataque desta quarta, a embaixadora Lisa Johnson não estava no prédio, pois atualmente está em viagem fora do país.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, que ocorre em momento de particular tensão entre norte-americanos e árabes devido ao apoio de Washington a Israel na guerra contra o Hamas iniciada em 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel e matou cerca de 1,2 mil pessoas.

O Hezbollah, grupo libanês supostamente patrocinado pelo Irã, é parte ativa no conflito e tem trocado fogo frequentemente com as forças israelenses. Inclusive, líderes do grupo foram mortos em ações de drones realizadas pelo estado judeu dentro do Líbano.

O ataque desta quarta é segundo ao prédio diplomático norte-americano no Líbano em menos de um ano. Em setembro de 2023, tiros foram disparados na região sem relato de pessoas feridas. Um cidadão libanês foi preso na ocasião.

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