Taleban nega envolvimento afegão em ataques no Paquistão

Resposta veio as forças paquistanesas afirmarem que um ataque suicida em março, que matou cinco engenheiros chineses e um motorista paquistanês, foi planejado no Afeganistão

Nesta quarta-feira (8), o Taleban rejeitou as acusações de envolvimento afegão nos recentes ataques no Paquistão, descrevendo-as como “irresponsáveis e distantes da realidade”. As informações são da agência Associated Press.

A reação veio após as Forças Armadas paquistanesas afirmarem na terça (7) que um ataque suicida em março, que tirou a vida de cinco engenheiros chineses e seu motorista paquistanês, foi planejado no Afeganistão e que o perpetrador era um cidadão local. O porta-voz do exército paquistanês, major-general Ahmad Sharif, anunciou que quatro suspeitos envolvidos no ataque de março em Bisham, na província de Khyber Pakhtunkhwa, foram capturados.

Integrantes do Taleban no Afeganistão (Foto: Wikimedia Commons)

Em comunicado, o porta-voz do Ministério da Defesa talibã, Enayatullah Khawarazmi, afirmou que culpar o Afeganistão é “uma tentativa de desviar a atenção da verdade”, e criticou a segurança paquistanesa após o assassinato de cidadãos chineses. Khawarazmi também assegurou que o Emirado Islâmico garantiu à China que “os afegãos não estavam envolvidos”.

Os profissionais chineses que perderam a vida trabalhavam no projeto da hidrelétrica de Dasu, construída por uma empresa chinesa. O ônibus em que estavam os engenheiros fazia parte de um comboio que seguia de Islamabad para Daisu e foi atingido por um carro-bomba. 

Sharif afirmou que o Taleban afegão não honrou as promessas feitas à comunidade internacional antes de assumir o poder, incluindo a garantia de que ninguém usaria o solo afegão para lançar ataques contra outros países.

Em resposta, Khawarazmi afirmou que “o Afeganistão possui evidências de membros do Estado Islâmico (EI) provenientes do Paquistão para o Afeganistão e que o território paquistanês está sendo utilizado contra eles, pelo qual o Paquistão deveria ser responsabilizado”.

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