Estado Islâmico assume ataque com carro-bomba que matou duas pessoas na Líbia

Explosão de carro-bomba matou duas pessoas em um posto de controle de Sebha, no extremo sul da Líbia, no dia 6

O EI (Estado Islâmico) assumiu a autoria do atentado terrorista com carro-bomba que matou duas pessoas e feriu outras quatro na cidade de Sebha, no sul da Líbia, no último dia 6.

De acordo com a agência Reuters, um militante do EI invadiu o posto de controle da polícia com um carro carregado de explosivos. O terrorista seria da Tunísia.

Localizada no extremo sul da Líbia, Sebha fica a 130 quilômetros da cidade de Taraghin, onde o EI realizou outro ataque no ano passado. Naquela ocasião, não houve vítima.

Estado Islâmico assume ataque a carro-bomba em Sebha, na Líbia
Centro de Sebha, Líbia, fevereiro de 2010 (Foto: Divulgação/Pierre-Marie Tricaud)

O EI se aproveita da deterioração de países em crise, como é o caso da Líbia, para instaurar sua campanha de violência e recrutamento de novos membros.

Imersa em conflito desde a queda do então governante Muammar Khadafi, em 2011, a nação africana rica em petróleo está dividida entre autoridades rivais no leste e oeste do país. Os aparatos de segurança estão desintegrados, e a tentativa de conciliação, iniciada no ano passado, ainda é frágil.

“Ato terrorista covarde”, classificou o primeiro-ministro interino Abdulhamid Dbeibah no Twitter. “Nossa guerra contra o terrorismo continua”.

Em nota, a Unsmil (Missão das Nações Unidas na Líbia) condenou o ataque. “Este é um lembrete de que a alta mobilidade de elementos terroristas aumenta os riscos de instabilidade e insegurança na região”, disse o enviado especial da ONU Jan Kubis.

O território da Líbia reúne milhares de mercenários russos, sírios, sudaneses e chadianos chamados por lados rivais para engrossar as tropas. Eleições nacionais deve decidir sobre o novo governo em dezembro.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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