O EI (Estado Islâmico) assumiu a autoria do atentado terrorista com carro-bomba que matou duas pessoas e feriu outras quatro na cidade de Sebha, no sul da Líbia, no último dia 6.
De acordo com a agência Reuters, um militante do EI invadiu o posto de controle da polícia com um carro carregado de explosivos. O terrorista seria da Tunísia.
Localizada no extremo sul da Líbia, Sebha fica a 130 quilômetros da cidade de Taraghin, onde o EI realizou outro ataque no ano passado. Naquela ocasião, não houve vítima.

O EI se aproveita da deterioração de países em crise, como é o caso da Líbia, para instaurar sua campanha de violência e recrutamento de novos membros.
Imersa em conflito desde a queda do então governante Muammar Khadafi, em 2011, a nação africana rica em petróleo está dividida entre autoridades rivais no leste e oeste do país. Os aparatos de segurança estão desintegrados, e a tentativa de conciliação, iniciada no ano passado, ainda é frágil.
“Ato terrorista covarde”, classificou o primeiro-ministro interino Abdulhamid Dbeibah no Twitter. “Nossa guerra contra o terrorismo continua”.
نستنكر العمل الإرهابي الجبان الذي استهدف نقطة تفتيش تابعة لمديرية أمن سبها.
— عبدالحميد الدبيبة Abdulhamid AlDabaiba (@Dabaibahamid) June 6, 2021
كل التعازي لأسرتي شهيدي الواجب النقيب (إبراهيم عبدالنبي المناع)و(الملازم عباس أبوبكر علي الشريف).
ونتمنى الشفاء العاجل للجرحى.
حربنا ضد الإرهاب مستمرة وسنضرب بقوة كل أوكاره أينما كانت.
Em nota, a Unsmil (Missão das Nações Unidas na Líbia) condenou o ataque. “Este é um lembrete de que a alta mobilidade de elementos terroristas aumenta os riscos de instabilidade e insegurança na região”, disse o enviado especial da ONU Jan Kubis.
O território da Líbia reúne milhares de mercenários russos, sírios, sudaneses e chadianos chamados por lados rivais para engrossar as tropas. Eleições nacionais deve decidir sobre o novo governo em dezembro.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.