Os países do Golfo estão solicitando a Casa Branca que impeça Israel de atacar as instalações petrolíferas do Irã, temendo que suas próprias instalações possam ser alvo de ataques por representantes de Teerã caso o conflito se intensifique, afirmaram três fontes da região à Reuters.
Para evitar serem afetados no conflito, Estados da região, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, também se negam a permitir que Israel use seu espaço aéreo para ataques ao Irã e comunicaram essa posição a Washington, de acordo com três fontes próximas aos círculos governamentais.
Israel prometeu que o Irã enfrentará consequências pelo ataque da semana passada, quando entre 180 e 200 mísseis balísticos foram lançados em vários alvos no território israelense na noite de 1º de outubro, enquanto Teerã advertiu que qualquer retaliação resultaria em significativa destruição. Isso aumenta os receios de uma guerra mais ampla na região, potencialmente envolvendo os Estados Unidos.

Os estados do Golfo adotaram medidas após o Irã tentar persuadi-los a usar sua influência com Washington, devido ao temor de que Israel possa atacar instalações de petróleo iranianas. Teerã também alertou a Arábia Saudita de que não poderia garantir a segurança das instalações petrolíferas do reino caso o Estado judeu recebesse apoio para um ataque.
Segundo duas altas autoridades israelenses, Israel ainda estava avaliando sua resposta até quarta-feira e não havia decidido se atacaria os campos de petróleo do Irã. Esse era apenas uma das opções apresentadas pelo setor de defesa aos líderes do país. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou na quarta-feira: “Nosso ataque será letal, preciso e, acima de tudo, surpreendente. Eles não saberão o que os atingiu nem como”.
As três fontes do Golfo afirmaram que a Arábia Saudita, como um dos principais exportadores de petróleo, juntamente com seus vizinhos produtores de petróleo, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Omã e Bahrein, estava fortemente empenhada em acalmar as tensões.
Fontes do Golfo afirmam que, apesar dos sistemas de defesa avançados, proteger todas as instalações petrolíferas é difícil, então a prioridade é uma abordagem diplomática para garantir ao Irã que os estados do Golfo não são uma ameaça.