Após denúncias de abuso sexual, ONU tira soldados do Gabão de Missão de Paz

Porta-voz do secretário-geral cita “relatos credíveis de abuso sexual” e “histórico de alegações pendentes envolvendo o contingente gabonês”

A ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu repatriar imediatamente todos os militares do Gabão que atuavam na Minusca, a Missão de Paz do órgão na República Centro Africana. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15) por Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral António Guterres.

Segundo Dujarric, a decisão foi tomada “após denúncias credíveis recebidas pela operação de paz de casos de abuso sexual cometidos por militares gaboneses que atuavam na missão de paz”. 

O porta-voz afirmou que existe um “histórico de alegações pendentes envolvendo o contingente gabonês no país” e explicou que o país africano foi notificado formalmente sobre a decisão do Secretariado.  

Soldado boina azul da ONU e uma missão de paz do órgão na República Centro-Africana (Foto: MINUSCA/Leonel Grothe)

Então, no dia 7 de setembro, Guterres solicitou às autoridades gabonesas que designassem um investigador nacional em cinco dias úteis e que a investigação fosse concluída em menos de 90 dias.

A Minusca também enviou uma equipe de resposta imediata ao local, para avaliar a situação, estabelecer medidas de prevenção e aumentar a conscientização nas comunidades sobre como denunciar casos de abuso e de exploração sexuais.  

Em um comunicado à imprensa, a Minusca relatou que, “em linha com a política global das Nações Unidas de assistência e apoio às vítimas de exploração ou abuso sexual por funcionários das Nações Unidas ou funcionários relacionados, as vítimas identificadas receberam atendimento imediato e apoio por meio de parceiros da Missão, de acordo com suas necessidades médicas, psicossociais e de proteção”.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

Tags: