Cerca de um milhão de angolanos são vacinados contra cólera em dois dias

Iniciativa de emergência pretende travar surto que já infectou mais de 1,5 mil pessoas e matou 59 no país africano

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Até esta terça-feira (4), Angola espera vacinar cerca de um milhão de pessoas contra a cólera. A iniciativa de emergência inclui crianças e adultos das províncias de Luanda, Bengo e Icolo.

Várias partes do país enfrentam um surto que neste ano registrou pelo menos 1.584 casos suspeitos e 59 mortes até sábado (1º), segundo dados do Ministério da Saúde.

Campanha de imunização

As Nações Unidas estão envolvidas na campanha de imunização que visa controlar o surto de cólera. Os parceiros incluem a Organização Mundial da Saúde (OMS), Unicef (Fundo da ONU para a Infância) e o Banco Mundial.

Criança é vacinada contra o cólera no Malaui (Foto: Pixnio/Divulgação)

A chefe das Nações Unidas no país, Zahira Virani, discursou na abertura oficial da campanha de reforço à proteção da população para reduzir a propagação da doença. 

Ela disse que a resposta deve ser em diversas dimensões destacando a prevenção, o tratamento imediato e a vacinação. Virani realçou ainda que é preciso ir além das respostas de curto prazo na execução dessas ações combinadas.

A chefe da ONU em Angola defende que haja “a mesma liderança e firme determinação” visando uma resposta imediata a ser implementada para melhorar o acesso à infraestrutura de água e saneamento.

Uma campanha de conscientização paralela destacando medidas preventivas e incentivando boas práticas de higiene e acesso à água potável para prevenir novos casos pretende ajudar a combater a doença.

Equipes móveis em comunidades

Os organizadores assinalam, entretanto, que a imunização é a estratégia essencial para a saúde pública e o bem-estar. A ideia é que sejam cobertos 80% da população elegível no mínimo, ou aproximadamente 977 mil pessoas, em municípios como Cacuaco, Sequele e Dande.

A imunização deverá acontecer em postos fixos em unidades de saúde, igrejas e outros locais de cultos, mercados, escolas e pontos considerados estratégicos. 

O processo envolve ainda o despacho de equipes móveis para as comunidades para alcançar pessoas que não podem se deslocar até os postos de vacinação. 

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