Um confronto entre jihadistas e voluntários que atuam com as forças de segurança nacionais terminou com a morte de 22 pessoas em Burkina Faso, na quinta-feira (12). Os mortos são 17 terroristas e 5 combatentes do grupo Voluntários de Defesa da Pátria (da sigla em francês VDP), grupo armado que auxilia os militares do país. As informações são da emissora indiana Wion.
Os membros do VDP repeliram um ataque de cerca de 20 homens armados que chegaram em motocicletas ao acampamento dos voluntários em Bilakoka, comuna de Gorgadji, na região do Sahel africano. A área é próxima às fronteiras com o Mali e o Níger.
Burkina Faso convive desde 2015 com a violência de grupos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico (EI), insurgência que desencadeou uma crise humanitária na região. Grupos armados lançam ataques ao exército e a civis, desafiando também a presença de milhares de tropas francesas e de forças internacionais.
Os ataques de ambas organizações extremistas já resultaram na mortes de mais de 1,5 mil pessoas e forçaram mais de 1,3 milhão a fugir de suas casas.
O pior ataque jihadista já registrado em Burkina Faso ocorreu em 5 de junho, quando insurgentes incendiaram casas e atiraram em civis ao invadir a vila de Solhan, ao norte do país. Na ocasião, 160 pessoas morreram.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.