A enviada especial da ONU Stephanie Williams pediu o fim do incentivo estrangeiro no conflito da Líbia durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta terça (19). As informações são da agência de notícias Reuters.
De acordo com Williams, o crescente número de armas e mercenários no país só intensificará os conflitos. A Líbia está mergulhada no caos desde 2011, após a queda do líder Muammar Gaddafi, apoiada pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Desde 2014, o país africano está dividido entre o governo internacionalmente reconhecido, que controla a capital Trípoli e o noroeste do país. Já o líder militar Khalifa Haftar, a partir da cidade de Bengazi, governa o leste.
Haftar conta com o apoio dos Emirados Árabes Unidos, Egito e Rússia. Desde 2011, a Líbia está sob um embargo de armas pela ONU. Mesmo assim, há uma enorme entrada de equipamentos e armas no país, enviado aos dois lados.
O grupo militar privado russo Wagner Group tem cerca de 1,2 mil homens na Líbia trabalhando para fortalecer as equipes de Haftar. A informação é do relatório emitido pela ONU.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas tem feito reiterados pedidos para que os países respeitem o embargo de armas e não intervenham no conflito líbio.
Se os incentivos estrangeiros continuarem, o conselho pode convocar esses países publicamente e impor sanções contra essas nações.